A GRANDE SEMANA- artigo semanal da Diocese de Jales
A GRANDE SEMANA
A Semana Santa é a Semana Maior. Nela os cristãos celebram com intensidade o
mistério mais importante a partir do qual toda a realidade cristã adquire um novo
sentido. Cada dia da Semana Santa, e especialmente o tríduo pascal, tem uma tal
densidade que concentra em si todo o sentido do profundo amor de Deus para com a
humanidade.
Viver a Semana Santa é um momento especial de meditação, oração e renovação da fé.
Como viver a semana Santa?
São Paulo VI nos diz: “Se há uma liturgia que deveria encontrar-nos todos juntos,
atentos, solícitos e unidos para uma participação plena, digna, piedosa e amorosa, esta
é a liturgia da grande semana. Por um motivo claro e profundo: o Mistério Pascal, que
encontra na Semana Santa a sua mais alta e comovida celebração, não é simplesmente
um momento do Ano Litúrgico: ele é a fonte de todas as outras celebrações do próprio
Ano Litúrgico, porque todas se referem ao mistério da nossa redenção, isto é, ao
Mistério Pascal”.
O Domingo de Ramos abre a “Semana Maior”. Nela celebra-se o mistério central da fé
cristã, a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa, celebrada no Antigo
Testamento, recebe um novo sentido na Ressureição de Cristo.
Mesmo diante das transformações socioculturais, a Semana Santa continua a ser a
“Semana Maior”, ocupando lugar especial na vida do cristão. O ritmo de vida se torna
intenso na Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa, Sábado Santo e Domingo da Páscoa,
com uma pausa restauradora que permite descansar, orar e reencontrar-se com Deus. É
uma pausa que permite reencontrar o sentido da Fé, da Esperança e da caridade.
A Semana Maior permite viver manifestações religiosas tradicionais, como procissões e
vias-sacras, que transformam e movimentam as ruas de nossas cidades e mostram a
riqueza da fé que ainda existe na vida do povo cristão.
No Domingo de Ramos, com a benção e procissão em que os fiéis levam consigo
ramos para recordar a entrada de Jesus em Jerusalém, repetindo o gesto do povo que o
recebeu alegremente.
Neste dia a Igreja do Brasil nos convida a realizar um gesto concreto: a Campanha da
Solidariedade. Com a coleta do Domingo de Ramos ajudamos diversos projetos sociais,
inclusive em nossa diocese.
Na Quinta-Feira Santa, tem início o Tríduo Pascal com a missa em que se recorda a
última Ceia de Jesus, a Instituição do Sacerdócio e o gesto do Lava-pés.
Na Sexta-Feira Santa, dia da Paixão e Morte de Cristo na cruz, marcado pela oração,
silêncio e penitência, não há missa, mas na celebração litúrgica da Morte de Cristo, à
tarde, com a apresentação da Cruz e a adoração de Jesus crucificado revivemos a
entrega sacrifical do Senhor. Neste dia se realiza grandes procissões, com a Imagem do
Senhor Morto.
No sábado Santo, A igreja é chamada ao silêncio e à meditação junto ao sepulcro de
Jesus, à espera da ressurreição. Na noite do sábado ocorre a celebração mais importante
do ano litúrgico, a solene Vigília Pascal, Mãe de todas as vigílias, proclamando a
ressurreição de Jesus.
O tempo Pascal, se estende por cinquenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo
de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao Pai na Ascensão, e o envio do
Espírito Santo. É um tempo que deve ser vivido com alegria e exultação, como se fosse
um só dia de festa, um grande domingo, vivido na alegria do Cristo Ressuscitado.
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