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Premiada pela Amazon, jovem escritora de Jales lança segundo livro

  • Foto do escritor: Alexandre Ribeiro Carioca
    Alexandre Ribeiro Carioca
  • há 31 minutos
  • 3 min de leitura

Bárbara Regina Souza, autora independente que se autointitula como “cheia de

histórias para compartilhar” acaba de lançar o seu segundo livro, “Quarta-feira às

Cinco”, produzido com apoio da Prefeitura de Jales e do Governo Federal, através da

Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura.

Nascida em 1999, formada em Letras e pós-graduada em Literatura e Língua

Portuguesa, é uma autora demissexual que vem explorando desde os 14 anos a

publicação de suas palavras através de fanfics na Internet, onde pôde experimentar

diferentes técnicas e aprender mais sobre sua maneira de contar uma história.

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Perguntada sobre a sensação de lançar um livro físico com uma história e

personagens que saíram da sua imaginação, Barbara respondeu que é incrível abrir a

caixa e ver o livro pela primeira vez. “Isso me tirou um grito de animação e cada

pessoa que vem aqui eu me sinto acolhida porque essa ideia finalmente vai chegar

nas pessoas”.

O lançamento aconteceu nesta quarta-feira, 17, na Biblioteca Municipal de Jales.

A autoria define a obra como um livro sobre saúde mental, vínculos e os abismos

invisíveis que muitas vezes chamamos de rotina.

“É sobre uma paciente que não fala, uma terapeuta que tenta ouvir o que não é dito…

e os vícios que se disfarçam de controle, de força, de ‘tá tudo bem’. Essa história não

romantiza a dor — mas reconhece que ela existe, e que ignorá-la também é uma

forma de se perder”, conta.

E acrescenta: “É ficção, mas poderia ser real. É brasileira, intensa, e foi escrita pra

quem sabe que o silêncio também pode gritar”.

“Quarta-feira às Cinco” é uma leitura sobre depressão, vícios e o peso de tentar salvar

alguém — quando você mesma também está aprendendo a se salvar.

“Acho que, mesmo com tudo, a verdade é que gostei de poder falar sobre isso e

espero que tenham pessoas que queiram ler, para descobrir as histórias de pessoas que

se mantiveram fechadas e presas, as vezes na própria casa”, diz.

O LIVRO

O livro conta a história de Elinor, uma psicóloga formada há dez meses que ainda não

conseguiu nenhum cliente, mas quando finalmente recebe sua primeira paciente,

acredita que as coisas estão começando a mudar. O problema é que Leila, ao chegar

ao consultório, não fala durante toda a sessão e a única vez que Elinor escuta sua voz

é quando se despedem, uma hora depois.

Entretanto, a própria psicóloga sempre teve uma condição peculiar. Diagnosticada

com sinestesia, ela consegue enxergar cores e formas nas pessoas que revelam suas

dores e essências. Suas “auras”, como sua avó costumava dizer. Ela sabe exatamente

que tipo de ferida Leila carrega, mas não como fazê-la confiar o suficiente para se

abrir. Mesmo insegura, quando Leila volta para outra sessão, Elinor sabe que não

pretende desistir. Ainda que esse caso se torne, a cada dia, mais pessoal.

“Às vezes a gente só quer ser ouvido. Às vezes a gente só quer desaparecer.As duas

coisas podem ser verdade ao mesmo tempo”, afirma a autora.


PREMIAÇÃO


A autoria é vencedora em primeiro lugar nas categorias prosa e poema universitário

no 17° Concurso Filhos da Terra, de 2019, em Fernandópolis, também participou

como artista independente na 12ª Mostra de Teatro de Rua de Guarulhos. Seu

primeiro romance publicado, “Aquilo que se vê no escuro”, foi um dos 5 finalistas do

2° Prêmio Amazon de Literatura Jovem e está disponível no Kindle Unlimited e na

Audible.

Barbara também é semifinalista do Livros do Futuro, no Tiktok.

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Contato (17) 98123-6278

ou alexandreribeiro.carioca@gmail.com

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