Polícia Federal deflagra operação contra divulgação de fake news em Urânia
- Alexandre Ribeiro Carioca

- 15 de jul.
- 2 min de leitura
Jales/SP: A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (15/07), a *Operação QUIMERA*, que investiga a utilização de um *perfil falso* em redes sociais durante as *eleições municipais* em *Urânia/SP*. O perfil foi utilizado para *propagar _fake News_ (notícias falsas), promover desinformação eleitoral* e cometer crimes contra a honra — como calúnia e difamação — contra diversos eleitores apoiadores e candidatos de um determinado grupo político local.

Após investigações e representação da Polícia Federal ao *Juízo de Garantias da Justiça Eleitoral*, foram expedidos *três mandados de busca e apreensão*, que foram cumpridos em duas residências e em uma empresa relacionada aos investigados, na cidade de Urânia/SP. As investigações indicaram que o perfil falso propagou diversas postagens em redes sociais nas semanas que antecederam o pleito municipal promovendo desinformação eleitoral, notícias falsas e ofensas pessoais, inclusive com a exposição de fotografias das vítimas — entre elas, uma criança.

O conteúdo anônimo e difamatório motivou diversas vítimas a procurarem a Delegacia de Polícia Civil local, onde registraram vários boletins de ocorrência. Diante da natureza eleitoral dos fatos, os registros foram encaminhados para apuração na Delegacia de Polícia Federal em Jales/SP.
*Os investigados, bem como outros que eventualmente forem identificados* poderão responder por crimes contra a honra, falsidade ideológica, associação criminosa e crimes eleitorais específicos. As penas podem ultrapassar *oito anos de reclusão*, além de possíveis sanções eleitorais, pecuniárias e administrativas.
*A Polícia Federal reforça que ações anônimas nas redes sociais não garantem impunidade*. O uso de tecnologias avançadas e a experiência em investigações cibernéticas *permitem a identificação dos autores*, assegurando a integridade do processo democrático e a devida responsabilização criminal. Todo o material apreendido — incluindo documentos e equipamentos eletrônicos — será encaminhado à sede da Polícia Federal em Jales/SP e posteriormente para a *perícia federal para a extração de dados*. A análise destes dados poderá confirmar a autoria, identificar outros envolvidos e robustecer o conjunto probatório da investigação.











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