Missão Univida realiza 10 mil atendimentos em sua 14ª edição

Balanço divulgado pela organização da 14ª edição da Missão Univida, realizada em Dourados-MS, informa que foram realizados cerca de 10 mil atendimentos entre os dias 11 e 18 de julho, durante os quais durou a missão. Dessa vez, cerca de 350 voluntários de diversas partes do Brasil prestaram atendimentos em aldeias indígenas do município.

Em entrevista ao Jornal do Povo, padre Eduardo Lima, fundador da missão, informou que foram realizados serviços médicos, odontológicos, psicológicos, jurídicos e de assistência social. Além disso, foram distribuídas mais de 60 toneladas de doações, entre alimentos, roupas, produtos de higiene, medicamentos e cadeiras de rodas.

A missão também destinou uma grande quantidade de medicamentos e insumos a um hospital indígena da região.

Apesar da ação solidária, o padre alertou para o agravamento da situação nas aldeias. “Nesses 14 anos, a impressão que eu tenho é que os indígenas de Dourados-MS estão piores do que no começo. Eles estão esquecidos. Falta água até para tomar banho. Faltam alimentos e políticas públicas”, afirmou.

Eduardo Lima reforçou que o trabalho da Univida vai além da semana de atendimentos. “Agora, a missão é também ser porta-voz da realidade vivida nas aldeias. Tive a oportunidade de conversar com um deputado federal e um senador do Mato Grosso do Sul e relatei a situação. Precisamos dar voz aos povos originários”, concluiu.

Nesta reta final, a Univida realizou a doação de diversas caixas de materiais hospitalares, odontológicos e muito mais, com destaque para insumos essenciais como máscaras e luvas, ao Hospital da Missão Kaiowá, que atende exclusivamente a população indígena da reserva.A entrega aconteceu diante da urgente necessidade do hospital por esses itens, e reforça um princípio que nos acompanha em todas as missões: NADA RETORNA CONOSCO. Tudo o que chega até a Univida por meio da generosidade de tantos doadores e que, porventura, não é utilizado durante a missão, é direcionado a quem mais precisa.