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Jales reforça compromisso no enfrentamento à violência contra a mulher neste 25 de novembro

  • Foto do escritor: Alexandre Ribeiro Carioca
    Alexandre Ribeiro Carioca
  • há 11 horas
  • 3 min de leitura

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, celebrado mundialmente em 25 de novembro, traz um alerta urgente que não pode ser ignorado. A data, reconhecida pela ONU, marca o assassinato das irmãs Mirabal, em 1960, na República Dominicana, símbolo global da resistência feminina contra sistemas de opressão.

No Brasil, o cenário mais recente reflete a persistência e o agravamento da violência de gênero. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 aponta aumento de diferentes tipos de agressões. Foram registrados 1.492 feminicídios, crescimento de 0,7% em relação ao ano anterior. Entre as vítimas, 63,6% são mulheres negras, evidenciando o impacto do racismo estrutural associado à desigualdade de gênero.

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A violência, em grande parte, ocorre em ambientes de convivência familiar: 64,3% das mulheres foram mortas dentro de casa, e 8 em cada 10 feminicídios foram cometidos por companheiros ou ex-companheiros. Os homens representam 97% dos autores.

Outros indicadores reforçam a gravidade do problema: 3.870 tentativas de feminicídio (+19%); 51.866 casos de violência psicológica (+6,3%); 95.026 registros de stalking (+18,2%); e 7.474.683 denúncias de ameaça, número que permanece elevado mesmo com leve queda de 0,8%. Apesar de altos, especialistas afirmam que esses dados ainda são subnotificados.

Em Jales, o enfrentamento à violência contra a mulher é desenvolvido por meio de um fluxo municipal integrado, que articula CRAS, CREAS, Delegacia da Mulher, Saúde, Educação e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. O objetivo é garantir acolhimento qualificado, respostas rápidas e encaminhamentos seguros às vítimas.

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Marijara Paulino, afirma que o município avança, mas ainda há muito a ser feito. “O Conselho reconhece que a existência de um fluxo organizado garante proteção e orientação às mulheres, o que já temos em Jales. Para 2026, o colegiado irá deliberar novas ações, ampliando campanhas, protocolos e iniciativas de prevenção. A violência de gênero é estrutural e exige respostas contínuas”, destacou.

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O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Reginaldo Viota, reforça a responsabilidade da rede de proteção. “Os dados nacionais mostram que a violência contra a mulher exige atenção permanente. Jales mantém um fluxo ativo de acolhimento, mas nosso compromisso é fortalecer ainda mais as políticas de prevenção e autonomia feminina. Não podemos nos calar diante de práticas que ameaçam vidas”, afirmou.

Para o prefeito Luis Henrique, a proteção às mulheres é prioridade da gestão.“Nosso compromisso é assegurar segurança, dignidade e acesso à rede para todas as mulheres. Seguimos firmes no fortalecimento dos serviços e na ampliação das ações indicadas pelo Conselho. A proteção à mulher é uma política que não admite retrocessos”, declarou.

Crimes silenciosos e a importância da denúncia

Embora muitos casos cheguem às estatísticas, especialistas afirmam que os números ainda não refletem a real dimensão da violência contra a mulher no país. O medo, a dependência financeira, a vergonha e a pressão social continuam sendo fatores que impedem a denúncia.

Por isso, o poder público reforça que toda suspeita ou caso de violência deve ser comunicado imediatamente por meio dos canais oficiais: 180 - atendimento especializado; 190 - emergência; CRAS e CREAS - apoio psicossocial e orientação

Mobilização permanente

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher não é apenas uma data simbólica, mas um chamado à ação. Os dados mostram que o problema não é pontual: é cotidiano, crescente e exige políticas públicas robustas, ações educativas e uma sociedade que se recuse a normalizar qualquer forma de agressão.

Em Jales, o compromisso é seguir avançando, ampliando ações, fortalecendo a rede e garantindo que nenhuma mulher caminhe sozinha diante da violência.

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ou alexandreribeiro.carioca@gmail.com

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