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Desemprego é o principal fator para endividamento em São Paulo, revela pesquisa da Serasa

  • Foto do escritor: Alexandre Ribeiro Carioca
    Alexandre Ribeiro Carioca
  • há 12 minutos
  • 3 min de leitura

O desemprego segue como o principal fator de endividamento em São Paulo, segundo pesquisa realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box. A falta de trabalho foi apontada por 20% dos paulistas, número que representa um dos maiores desafios à estabilidade financeira das famílias. Em seguida, aparecem gastos emergenciais (17%) e redução de renda (13%).


49% dos consumidores paulistas têm como principal dívida no cartão de crédito as compras em supermercados, enquanto 40% recorrem ao método de pagamento para adquirir produtos como roupas, calçados e eletrodomésticos – gastos que, quando acumulados, podem facilmente comprometer a renda mensal.

 

Patrícia Camillo, especialista em educação financeira da Serasa, explica que o endividamento reflete um conjunto de fatores econômicos e sociais, como a própria falta de educação financeira da população. “A queda no desemprego traz esperança e novas oportunidades, mas o desafio agora é transformar essa renda em estabilidade financeira. Após um período de perda de poder de compra, é fundamental que o consumidor aproveite esse momento para reorganizar o orçamento e evitar o acúmulo de dívidas.”

 

O estudo, que analisou o comportamento e o perfil dos inadimplentes, revela que o aumento no valor das contas básicas segue pressionando o orçamento: 9% dos paulistas afirmam não conseguir arcar com esses custos, que podem chegar até R$ 750 mensais para 85% deles, correndo o risco de terem os serviços básicos interrompidos. 88% desses endividados dizem ainda ter reduzido o consumo devido à alta dessas despesas. Entre eles, 44% cortaram até 10% dos gastos e 26% reduziram entre 11% e 20%

 

O papel do cartão de crédito na vida dos inadimplentes

 

Ainda de acordo com o levantamento, o cartão de crédito tem se mostrado um importante aliado na vida financeira dos brasileiros, permitindo o parcelamento de compras essenciais. No entanto, é preciso cautela para que o recurso não se torne um vilão do orçamento. Segundo a pesqNos últimos 12 meses, o uso da modalidade segue tendo destaque: 25% dos inadimplentes de São Paulo afirmam ter concentrado seus gastos no cartão de crédito.

 

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O peso do tempo sobre as dívidas

 

Os dados também mostram que 44% das dívidas dos paulistas já ultrapassam um ano de atraso. Entre os setores com débitos mais antigos, destacam-se as securitizadoras, as empresas de telecomunicações e o varejo, cujas dívidas frequentemente ultrapassam dois anos de inadimplência.

 

O cenário, muitas vezes, se repete, e os dados preocupam: 56% dos moradores de São Paulo endividados atualmente são reincidentes (já estiveram endividados em algum outro momento da vida), representando uma queda de 4 pontos percentuais em relação a 2024. Atualmente, o Estado soma mais de 18,6 milhões de inadimplentes, com mais de 88,3 milhões de débitos ativos, atingindo o maior montante desde 2020.

 

“O cenário ainda é desafiador, mas também é uma oportunidade de recomeço. Entender as causas do endividamento e buscar alternativas de negociação são passos essenciais para recuperar o equilíbrio financeiro. É nesse sentido que iniciativas de renegociação ganham ainda mais relevância”, destaca Patrícia.

 

Em meio a uma nova edição do Feirão Serasa Limpa Nome, principal mutirão de negociação de dívidas do país, 141 milhões de consumidores podem negociar dívidas com descontos expressivos e condições especiais em todo o país. A iniciativa reforça o compromisso da Serasa em facilitar o acesso à renegociação, permitindo que mais brasileiros retomem o controle de suas finanças e comecem 2026 com o nome limpo e o orçamento mais leve.




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