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Pedintes na rodoviária devem ser tratados como problema social

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua

(PNAD Contínua), divulgada no dia 30 de novembro pelo IBGE, 13,5

milhões de brasileiros (-9,3%) não tinham ocupação no terceiro trimestre

deste ano. No Sudeste, onde o Estado de São Paulo está localizado,esse

percentual é ainda maior: 13,1%. A taxa de informalidade chegou a 40,6%

da população. São 38 milhões de trabalhadores nessa situação.

Já os dados da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada no dia 3 de

dezembro, pelo mesmo instituto, mostraram que cerca de 12 milhões de

pessoas viviam em extrema pobreza no Brasil em 2020, ou seja, com

menos de R$155 reais por mês. Mais de 50 milhões, ou 1 em cada 4

brasileiros, viviam em situação de pobreza, com menos de R$450 por mês.

Jales não escapa dessa triste situação. Não há números exatos sobre a miséria ou o desemprego, mas a quantidade de pedintes nas ruas deixa claro que há muita gente em situação de pobreza. Alguns simplesmente não têm onde morar e vivem em situação de insegurança alimentar, ou seja, não

sabem se vão conseguir a próxima refeição.

Periodicamente noticiamos pessoas alojadas em imóveis abandonados,

como a antiga estação ferroviária. Muitos fazem uso de drogas e álcool e

precisam também de atendimento médico e psicológico.


Nessa sexta-feira, 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos

Humanos, registramos a situação de algumas pessoas “alojadas” na praça

em frente ao Terminal Rodoviário Prefeito José Antônio Caparroz e no

próprio terminal.

Não importa se são tratados com nomes pomposos, como, “morador em

situação de rua” ou “Morador de rua”, ou nomes pejorativos como

“andarilhos”, "pedintes" ou “mendigos”.


O inadiável é que essas pessoas sejam acolhidas, recuperadas e recebam

novas oportunidades para encarar a vida com o mínimo de dignidade, sem

precisar dormir sobre pedaços de papelão e cozinhar em fogueiras feitas de

tijolos de barro.

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