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Uma Coincidência Agradável - artigo semanal da Diocese de Jales


UMA COINCIDÊNCIA AGRADÁVEL

Pe. Edvagner Tomaz da Cruz

Paróquia São Luís Gonzaga, Fernandópolis

Reitor do Seminário Diocesano Nossa Senhora da Assunção


Em meio a tantas notícias tristes, o ano de 2021 também tem e terá momentos bons para poder ser celebrado. Não se pode perder a esperança e a confiança, dias melhores virão! A solidariedade e a partilha são gestos que acalentam o coração. Mas, voltando aos momentos bons de 2021, este ano tem uma coincidência agradável e poderá dar muitos frutos para a fé, a espiritualidade e também para a sociedade. A Igreja Católica está vivendo o Ano de São José, instituído pelo Papa Francisco por meio da Carta Apostólica Patris Corde (Com coração de Pai) e, no dia de São José (19 de março), iniciou-se o Ano “Família Amoris Laetitia” (Alegria do amor na família).

O Ano de São José foi anunciado, por meio da carta Patris Corde, para celebrar os 150 anos da Declaração deste santo como Padroeiro Universal da Igreja. O Papa Francisco propõe conhecer melhor a figura do humilde carpinteiro (Mt 13,55), o esposo de Maria (Mt 1,18; Lc 1,27), o homem justo (Mt 1,19) que, com coragem, assumiu a paternidade legal de Jesus. São José, com seu modo discreto e confiante descrito pelos Evangelhos, revela-se um homem amado por Deus e que amou como pai. Um pai terno e preocupado com sua família, cuidou, protegeu e sustentou sua casa com seu trabalho. “Deus confia neste homem e o mesmo faz Maria que encontra em José aquele que não só quer salvar sua vida, mas sempre sustentará a ela e ao Menino” (Patris Corde, 5).

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Padre Edwagner

O Ano “Família Amoris Laetitia”, iniciado no último 19 de março e vai até junho do próximo ano, foi instituído para celebrar os cinco anos da publicação da Exortação Apostólica Amoris Laetitia (AL). Este ano também tem o objetivo de fazer com que as pessoas, famílias e comunidades retornem ao texto desta exortação e continuem a reflexão sobre a família, pois a família é de suma importância para a sociedade e para a Igreja que, especialmente neste tempo de distanciamento social, têm feito novamente e, ainda mais forte, a experiência da “Igreja doméstica”.

A família tem sofrido fortes embates: é desafiada por forças contrárias ao amor, ao matrimônio, à criação e à educação dos filhos, segundo as leis naturais e as leis de Deus. “O bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja” (AL 31), “ninguém pode pensar que o enfraquecimento da família como sociedade natural fundada no matrimónio seja algo que beneficia a sociedade. Antes, pelo contrário, prejudica o amadurecimento das pessoas, o cultivo dos valores comunitários e o desenvolvimento ético das cidades e das aldeias” (AL 52).

Unir São José e a Alegria do Amor na família é assumir como eixo na ação pastoral evangelizadora o anúncio da alegria do Evangelho, é recuperar a importância da doutrina sobre matrimônio e família e, ainda, é valorizar a riqueza da transmissão de valores e princípios que se dá entre pais e filhos.

O amor vivido nas famílias é uma força permanente para a vida da Igreja e para a sociedade (Cf. AL 88). Este ano é uma boa oportunidade para reler e aprofundar estes dois textos pontifícios e pensar: “E a família, como vai?”, E a nossa sociedade, como está?

Fernandópolis, 30 de março de 2021.

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