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Setembro Amarelo: relacionar-se é harmonizar! Artigo semanal da Diocese de Jales

  • Foto do escritor: Alexandre Ribeiro Carioca
    Alexandre Ribeiro Carioca
  • 11 de set. de 2021
  • 3 min de leitura

Setembro Amarelo: relacionar-se é harmonizar!

Pe, Valdair Ap. Rodrigues.  


O ser humano é uma rede de relações, e toda relação sadia contribui para o equilíbrio

interno. Há relações que são essenciais à vida humana e dentre elas destacam-se a

relação de dependência, a relação de sobrevivência, a relação de fraternidade e a relação

de interiorização. Respectivamente, tais relações evocam vontade e mente, mãos

(técnica), sentimentos, afetos e autocuidado. 

Por relação de dependência compreende-se a capacidade humana de sintonizar-se com o Infinito, o Absoluto: Deus. Isso ajuda o ser humano a driblar sua finitude. A relação de sobrevivência é a capacidade humana de utilizar sua criatividade para dignificar sua vida pela força de trabalho, utilizando os meios contidos em nossa “casa comum” (meio ambiente), sem abusar deles. A relação de fraternidade propõe ao ser humano conviver com outras pessoas (alteridade) à base do respeito e da igualdade. E a relação de

interiorização é a habilidade do ser humano de voltar-se ao próprio interior e configurar todo seu ser na medida em que vive harmonicamente todas essas dimensões das relações, encontrando o seu "para quê" no mundo. 

Cada vez mais crescem as relações doentias e, com isso, o desiquilíbrio interno, gerando

falta de sentido na vida, rompendo-se os sonhos, imperando a busca da facilidade, do

imediato, do midiático e os aplausos ao “carpe diem” (viver o momento). Isso tudo se

dá principalmente entre os adolescentes e jovens. 

Viver o momento sem prospecção futura acarreta muitas irresponsabilidades, como o

consumo exagerado de drogas lícitas e ilícitas, a sexualidade descontrolada,

o advento de gerações sem convivência com seus genitores, a indiferença ao Absoluto,

os abusos com os meios oferecidos pela natureza, rompendo-se a boa convivência com

o próximo, tratando-se o real como virtual, descartável e, com isso, o caos se instaura

pessoal e socialmente. 

Além do mais, o “carpe diem”, as ausências de sonhos despontam, decorrências de uma

sociedade que coloca o ter acima do ser e o estético acima do ético, problemas gerados

pelo abismo econômico, moral, cultural e educacional entre as pessoas que se afastam e

se excluem entre si. 

Toda essa gama de situações favorece a geração de depressões e de escravidões,

provocando grande sofrimento interno e, com isso, o alto índice de suicídios, isto é, a

busca da morte como uma alternativa para deixar de sofrer frente a um mundo e ao

próprio ser desarmonizados. 

O setembro amarelo é uma iniciativa de conscientização do verdadeiro sentido da vida.

Tantas outras atividades são criadas pelas igrejas, ONGs, entidades, e até mesmo pelo

grupo Protetores da Vida, a fim de se resgatar a harmonia do ser humano consigo e com

as realidades a sua volta. 

No caminho de volta a Emaús (Lc 24), os discípulos estavam frustrados com a morte de

Jesus. Era como se o sonho de vida plena tivesse morrido. E Jesus caminha com eles,

escutando suas expectativas e frustrações. De repente, Jesus começa a fazer algumas

indagações a esses discípulos e as vendas de seus olhos caíram a ponto de reconhecerem o Cristo Vivo, a Vida acima de toda cultura da morte. 


Nada advém das grandes estruturas! É na base, ou seja, na família, no bairro, nos

pequenos grupos de igreja, nas escolas, nos locais onde estão os adolescentes e jovens

que o diferencial precisa engendrar. 

Ouvir, acolher e entender o desequilíbrio do outro é o principal caminho para ajudá-lo a

harmonizar-se! Questioná-lo, acompanhá-lo, levá-lo a refletir sobre a origem do caos no

mundo e suas consequentes frustrações são caminhos para fazer renascer o sentido da

vida.

Quem ama a vida torna-se diácono em prol à vida!

 


Pe, Valdair Ap. Rodrigues.  

Adm. Paroquial – São Bernardo – Fernandópolis/SP.

 
 
 

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