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Salário de Flá no gabinete do Carlão é maior que o de prefeito de Jales


É o terceiro cargo que Flá ocupa em gabinete de seis deputados desde 2007. Irmão também ocupou cargo comissionado


Se olharmos apenas o fator financeiro, entendemos facilmente por que o então prefeito Flávio Prandi Franco (DEM) desistiu de se candidatar à reeleição no ano passado. Recém nomeado para o cargo comissionado de assessor especial parlamentar (código 0112 da tabela 56 no quadro de funcionários da Assembleia Legislativa de São Paulo) no gabinete do deputado Carlão Pignatari (PSDB), Flá vai receber salário mensal de R$16.277,07. A troca foi ótima financeiramente. Em maio, o prefeito de Jales recebeu R$17.800 de salário bruto e R$ 13.281,32 de salário liquido.

Não é a primeira vez que Flá ocupa cargo comissionado na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ao contrário. Desde 2007, o ex-prefeito de Jales já passou por seis gabinetes de deputados estaduais. Além dos diversos cargos comissionados no Poder Executivo (inclusive na CDHU por indicação de seu padrinho Rodrigo Garcia).

O ex-prefeito Flá e seu padrinho político, Rodrigo Garcia

Cargo comissionado, também chamado de “em comissão”, é todo aquele cargo ocupado de forma temporária dentro da Administração Pública. Ou seja, um cargo comissionado é exercido por funcionários de confiança do detentor do mandato e que não precisam de concurso público, e sujeito a livre nomeação e exoneração.



HISTÓRICO

Flá foi levado para a Assembleia Legislativa, a casa dos deputados estaduais, pelo seu padrinho político, Rodrigo Garcia, que na época exercia mandato de deputado estadual. Em 23 de maio de 2007 Flá foi nomeado assessor especial parlamentar no gabinete de Rodrigo.

Em 29 de janeiro de 2008, Flá foi nomeado para o gabinete do deputado Eli Corrêa Filho porque o seu padrinho, Rodrigo Garcia, se licenciou da Alesp para exercer o cargo de secretário Especial de Desburocratização da Prefeitura do Município de São Paulo.

A partir de então, as várias nomeações de Flá entre os gabinetes aconteceram em intervalos muito pequeno. Em 4 de junho de 2008, por exemplo, ele deixou o gabimete de Eli Corrêa Filho (DEM) para assumir uma cadeira no gabinete do deputado Ricardo Montoro (PSDB) no dia seguinte. Nesse cargo, Flá permaneceu até o dia 23 do mesmo mês, ou seja, apenas por 18 dias. No dia 24 de junho, Flá voltou para o gabinete de Elo Corrêa onde ficou até o dia 9 de fevereiro de 2009.

No dia seguinte, 10 de fevereiro de 2009, novamente Flá trocou de gabinete e assumiu a cadeira de assessor especial parlamentar do deputado Milton Flávio (PSDB), onde permaneceu apenas por nove dias. No dia 20 de fevereiro, Flá foi para o gabinete da liderança do DEM, onde ficou até 27 de janeiro de 2011, poucos dias antes do fim daquela legislatura, que terminou em 15 de março.

IRMÃO FOI SEGURANÇA

Levantamento no setor de Gestão de Pessoal da ALPESP mostra que o irmão de Flá, Wladimir Prandi Franco conhecido como Gibão, também conseguiu cargo comissionado na casa dos deputados estaduais.

Entre 26 de abril de 2012 e 24 de abril de 2013, Gibão ocupou o cargo de assistente legislativo da 2ª Secretaria da Alesp, com salário de R$ 5.218,4 mensais. No mesmo dia 24 de abril de 2013, quando se desligou do primeiro cargo, o irmão do ex-prefeito assumiu o cargo de Gibão de agende de segurança parlamentar, no serviço de controle de frota da Assembleia, cargo que obrigatoriamente exige presença física e cumprimento de carga horária na casa. Nesse cargo Gibão recebia mensalmente R$4.858,37 e nele permaneceu lotado até 21 de maio de 2015,

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