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Promotora deve investigar valores pagos pela Prefeitura de São Francisco

Relatório comparativo com preços pagos pelo palco, dupla sertaneja, show, DJ,

palco, e até marmitas fornecidas durante cavalgada foi preparado para

Representação no Ministério Público

A promotora de Justiça da Comarca de Palmeira d’Oeste, Renata França Cevidanes,

vai receber nesta terça-feira, 14 de maio, uma farta documentação com levantamento

detalhado das despesas pagas pela Prefeitura de São Francisco na organização dos

eventos de comemoração do aniversário de 66 anos da cidade, no fim de semana

passado. O material inclui valores dos shows sertanejos, palco, show pirotécnico, DJ

e até das marmitas fornecidas aos participantes da cavalgada, realizada no domingo.

O vereador Eliwagner Junior de Souza, o Sizico, que compilou o relatório, fez um

pronunciamento na Sessão da Câmara Municipal, comparando os preços dos shows

contratados pelo prefeito Sebastião de Oliveira Baptista, o Tiãozinho e os de artistas

de renome nacional.


O prefeito Tiãozinho, e o vice-prefeito, Tio Lú, durante a cavalgada, considerada uma das menores dos últimos anos.

“Ícaro e Gilmar, valor do show: R$ 350 mil. Repito: R$ 350 mil! Fizemos uma pesquisa na internet sobre quanto custaria esse show e encontramos o valor aproximado de R$ 100 mil. Mas encontramos outros show também: Wesley Safadão,R$ 350 mil; Bruno e Marrone, R$ 300 mil; Zé Neto e Cristiano, R$ 400 mil; Zezé di Camargo e Luciano, R$ 380 mil. Não teno nada contra Ícaro e Gilmar, mas os outros eu conheço”.

O vereador também tem em mãos alguns contratos firmados entre a mesma dupla e

outros municípios, porém com valores bem menores. Na 38ª Festa da Uva de São

Miguel Arcanjo-SP, nos dias 29 de fevereiro e 3 de março de 2024, a empresa IG

Produções Artísticas LTDA, que representa os artistas, foi contratada por R$ 220 mil.

Antes disso, em 14 agosto de 2023, a prefeitura de Pontalinda contratou a empresa

“especializada para realização de show artístico com a dupla Ícaro e Gilmar, com

fornecimento de equipe técnica”, para apresentação na Praça Central, em

comemoração às festividades de aniversário da cidade, R$180 mil.


O vereador Eliwagner, conhecido como Sizico,compilou um farto material que vai ser usado em uma robusta denúncia ao MInistério Público

Mas não é só" Sizico vai entregar os valores pagos por outros recursos usados nos eventos de comemoração. Todos extraídos do Portal da Transparência da Prefeitura de São Francisco. O palco, por exemplo, custou R$ 57,9 mil. O aluguel de lâmpadas, que custou R$ 112 mil no Natal do ano passado, custou agora R$ 199 mil. A DJ, Jú Balbi, que teve que interromper a apresentação por conta da briga generalizada, custou R$ 10 mil por quatro horas de música eletrônica. Detalhe: a partir de 1 hora da madrugada, o que a obrigaria, de acordo com o contrato, a tocar até às 5 horas.

Também há dúvidas sobre os valores e, principalmente, a quantidade de marmitas que a Prefeitura de São Francisco informa ter distribuído aos participantes da cavalgada.

No Toral, foram R$ 7.425,00 por 500 marmitas. A desconfiança é que a cavalgada

não tenha reunido nem metade desse contingente, já que o evento foi esvaziado

depois da briga da madrugada anterior.

INSEGURANÇA

Para o vereador, que trabalha no setor de segurança privada, os 12 seguranças, que

custaram R$ 3 mil, eram absolutamente insuficientes para garantir a segurança das

famílias que estavam na praça na noite em que a confusão eclodiu. “Foi repassada

para a imprensa a informação que havia 10 mil pessoas, eu não acredito. Mas isso

piora ainda mais. Imagina 12 seguranças cuidado de 10 mil pessoas. Eu nem

trabalharia. Eu vi um vídeo de um amenino usando uma garrafa como arma. Fora os

outros que estavam com faca. Inclusive teve uma pessoa apunhalada no pescoço”.


Prefeitura pagou R$ 7.425,00 supostamente por 500 marmitas distribuídas aos participantes.

OUTRO LADO

Durante a elaboração desta matéria entramos em contato como vice o vice-prefeito

Luciano Giacometi, o Tio Lu, para saber se a Prefeitura gostaria de dar uma

declaração a respeito. Tio Lú disse que escreveria alguma coisa.

Preliminarmente, ele disse que para elaborar a Nota Fiscal da contratação da dupla o escritório dos artistas precisou apresentar notas fiscais dos últimos três shows da dupla em outros municípios e a documentação, garante o vice-prefeito, era equivalente aos valores pagos pela Prefeitura de São Francisco.


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