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Presidente da Câmara promete intervir no caso do vereador que frequenta sessões armado

O presidente da Câmara Municipal de Jales entrou em contato com a nossa redação na manhã desta sexta-feira. Bismark Kuwakino se desculpou por não ter atendido a nossa ligação, na manhã de ontem. 

O presidente da Câmara Municipal de Jales, Bismark Kuwakino

Ao ser cientificado sobre as denúncias de outros vereadores de que um parlamentar estaria comparecendo às Sessões Ordinárias portando uma pistola, o presidente prometeu intervir. “Eu vou conversar com ele sobre essa situação porque é ruim, é?”. Ele garantiu que telefonou para o vereador pelo menos três vezes nesta manhã, mas ele não atendeu as ligações.Perguntado sobre a conveniência de usar arma dentro da câmara e durante as sessões, Bismark disse que também entende que não é adequado.

CÓDIGO DE ÉTICA 

O Artigo IX do Código de Ética da Câmara Municipal trata da garantia de todos os cidadãos assistir Câmara assistir às sessões da Câmara, "desde que apresente-se convenientemente trajado e não porte armas", entre outras coisas. Apesar de ser omisso na que se refere aos vereadores, fica claro que a regra não pode valer apenas para o cidadão comum e isentar os políticos.

OUTROS VEREADORES 

A reportagem ouviu mais dois vereadores no final da tarde de quinta-feira e eles também se mostraram preocupados com a suspeita de que um outro colega esteja frequentando as Sessões Ordinárias armado com uma pistola. Ambos reafirmaram que o parlamento é lugar de diálogo e não cabe posturas desse tipo. Nem que a lei permita. Os vereadores ouvidos são unânimes em dizer que mesmo com porte, o uso da arma deve se restringir aos ambientes externos."É uma pessoa cujos ânimos se alteram facilmente. Inclusive na semana passada ele deu um verdadeiro show, gritando e batendo na tribuna, e dizendo que vai quebrar o sistema. Eu não sei qual é o propósito dele com isso. Um cara desse, com esse destempero, pra sacar uma pistola e dar um tiro pra cima ou na direção de alguém, não custa". Outro vereador disse que não notou que o colega estivesse armado e garantiu que chamará a polícia para pedir proteção, caso perceba o fato. "Aí virou bagunça. Não existe uma coisa dessa. Ele não pode ir à Sessão armado. Ele que deixe a arma no carro e pegue quando a sessão terminar. Se eu perceber, vou fazer um ofício e pedir medidas protetivas dentro do plenário. Qualquer pessoa que vier trabalhar deve vir com boa fé. Aqui não tem bandido". 

INTIMIDADOS

Entre quarta e quinta feira, a reportagem do site Jales Notícias conversou com vários vereadores que se disseram preocupados com a suspeita de que um colega estaria frequentando as Sessões Ordinárias portando uma pistola.A suspeita tem origem no fato de o vereador ser carcereiro licenciado e pelo volume que transparece no terno dele. A prática teria virado rotina e estaria acontecendo há meses.Um parlamentar disse que se sente intimidado com a arma na cintura do colega durante as sessões, principalmente porque o parlamentar teria rompantes de fúria durante os seus discursos e grave instabilidade emocional. "Ele grita e bate na tribuna da câmara, então eu não sei o que ele pode fazer. Isso é um absurdo e ninguém faz nada", disse.Outro vereador questionou se a atitude do colega é legal e, ainda assim, se é adequada para o ambiente. "Eu não tenho 100% de certeza, mas parece que está sim. Dá pra ver pela roupa dele. Acho que se estiver indo armado, lá não tem necessidade disso. Acredito que deva ser permitido [por causa da profissão] ele portar arma, mas que fica desconfortável para nós colegas fica....principalmente com as alterações de humor repentinas dele". 

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