Prefeitura, câmara e CMDCA podem repassar verba para equipar novos leitos de UTI da Santa Casa
Do jornal A Tribuna
Uma articulação da Prefeitura de Jales e da Câmara Municipal pode auxiliar a Santa Casa de Jales a equipar leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para atendimento de pacientes graves da covid-19. A expectativa é que o esforço conjunto consiga aproximadamente R$ 800 mil.
Um ofício já foi encaminhado à Santa Casa, solicitando um novo plano de trabalho para implantação de dois novos leitos de UTI adulto e um novo leito de UTI infantil. O projeto será apresentado ao CMDCA (conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente) para liberação dos recursos. Atualmente o Conselho tem R$ 489.550,50 de saldo remanescente do ano passado.
Não se sabe se o Conselho decidirá repassar todo o valor, mas sabe-se que o restante será repassado pela Prefeitura, que deve empenhar recursos próprios, e pela Câmara, que deve adiantar a devolução do remanescente do duodécimo legal que precisa ser repassado anualmente ao Legislativo.
TERMO DE FOMENTO
Na semana passada, o prefeito Luis Henrique anunciou que o Governo do Estado tinha se comprometido a custear até 15 novos leitos de UTI na Santa Casa, mas o hospital não tem dinheiro para adquirir os equipamentos necessários para instalar os leitos. A união dos órgãos públicos pode ser a solução para essa falta de recursos financeiros.
De acordo com o prefeito, o repasse do Governo Estadual será feito à Prefeitura de Jales no valor de R$ 1.600,00 por dia para cada novo leito criado, totalizando aproximadamente R$ 720 mil mensais.
Porém, os repasses só poderão ser feitos depois que os leitos forem equipados e instalados. O hospital espera conseguir equipar mais dois leitos com o dinheiro proveniente de campanhas e de repasses de prefeituras da região.
“A gente precisa de equipamento. Se conseguirmos que as prefeituras equipem o hospital, teremos condições de mais 10 leitos (com pequenas adequações que o hospital assumiria). Então ficaríamos com 20 leitos de UTI e 20 de enfermaria”, disse o administrador hospitalar Rafael Carnaz Prado.
Segundo ele, naquela ocasião, foram repassados para a Santa Casa um total de R$ 800 mil, mas nem todo o valor pôde ser usado. A menor parte, R$ 88.503,10, foi usada para aquisição de EPIs (equipamento de Proteção Individual), com máscaras e outros; R$ 151.656,80 foram aplicados na aquisição de material e medicamento, e outros R$ 103.521,00 foram usados para adquirir monitores.
“Infelizmente, não conseguimos comprar respiradores porque o Ministério da Saúde tinha avocado toda produção e importação dos equipamentos, aí o fornecedor cancelou o pedido e com o fim do convênio tivemos que devolver R$ 489.000,00 do recurso restante.Então recebemos R$ 800.000,00 e devolvemos R$ 498.863,94. O que o prefeito se comprometeu é que esse remanescente volte para fazermos as compras dos respiradores agora”.
A situação é semelhante à verificada no começo da pandemia. Para solucionar o problema, a Prefeitura de Jales, a Santa Casa e o CMDCA firmaram, em maio do ano passado, um “Termo de Fomento” para efetivar a compra de dez monitores multiparâmetros e dez respiradores mecânicos para qualificar o atendimento da ala de síndromes gripais do hospital durante o período de pandemia.
Assim como agora, naquela ocasião, os recursos foram oriundos do CMDCA, depois que o repasse foi endossado pelo MP. O montante auxiliou a Santa Casa a montar a ala especial de Síndrome Gripal, com 11 leitos de UTI adulto e 20 leitos clínicos que possuem respiradores, monitores e outros equipamentos e são voltados aos pacientes com covid-19.
ROTINA INTERROMPIDA
O aumento de casos de covid-19 levou alguns hospitais a fazer adaptações nas suas rotinas de atendimento e de circulação de pessoas em suas instalações. No começo da tarde de sexta-feira, A Santa Casa de Santa Fé do Sul, suspendeu as visitas em todos os setores do Hospital, por tempo indeterminado. O motivo é o aumento dos casos de internação de pacientes com Covid 19, ou com suspeitas. A direção do Hospital informou ainda que serão liberados acompanhantes para casos previstos em Lei; pacientes maiores de 60 anos e menores de 18, e em casos extremamente especiais. A medida visa à proteção dos pacientes internados e também dos profissionais de saúde que atuam no hospital.
O Hospital de Amor também informou que estava suspendendo os atendimentos ambulatórias na sua unidade adulta em Barretos entre os dias 22 de março e 4 de abril. A unidade infanto-juvenil manterá seu atendimento normalmente.
Já o hospital São Judas Tadeu (unidade de cuidados paliativos e atenção ao idoso) intensificará o atendimento domiciliar e de teleatendimento na intenção de reduzir a circulação de pessoas dentro da instituição.
Os pacientes que tiverem agendamento nesse período serão avisados e não terão seus tratamentos prejudicados, garante o hospital. “Cada unidade do Hospital de Amro está se organizando para entrar em contato, orientar reagendar e realizar os atendimentos via telemedicina.
Comentarios