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Pandemia reduz atendimentos da Santa Casa quase à metade


Ao mesmo tempo, custos com a doença aumentaram em cerca de R$ 150 mil mensais


A Santa Casa de Misericórdia de Jales, único hospital de referência do SUS na região de Jales também teve a sua rotina afetada fortemente pela pandemia do Novo Coronavírus. As modificações estruturais, como mudança de localização de algumas alas para dar lugar às unidade de síndrome gripal (UTI e ambulatório), e os custos com funcionários para atuar no atendimento aos afetados pela doença elevaram os custos significativamente. Por outro lado, houve uma queda substancial na quantidade de pessoas que buscam o hospital para atendimento ambulatorial, internações e outros procedimentos que faziam parte do seu cotidiano.


Santa Casa de Jales

Segundo os números fornecidos pelo hospital, Em alguns casos, a queda foi de quase metade. Enquanto a estimativa da administração é que o custo com a unidade de Síndromes Gripais chegue até R$ 150 mil por mês. A Unidade possui 10 leitos clínicos, seis UTI adulto e uma UTI pediátrica.

A queda pode ser comprovada no comparativo do movimento registrado entre 1º de março e 20 de maio deste ano e do ano passado. O período é considerado o mais agudo da doença em Jales, até agora.

Nesse período de tempo do ano passado, considerado normal, houve 109,99 atendimentos ambulatoriais por dia. 92,29 de urgência e emergência e 17,70 eletivos.

Na parte de internações, foram registradas 95,68 pacientes por dia (67,86% taxa de ocupação), sendo 93,34 de urgência e emergência e 2,64 eletivo.

No mesmo intervalo de tempo neste ano (1º de março e 20 de maio) os atendimentos ambulatoriais diários caíram para 56,58 em média. Desses 44,61 foram urgência e emergência e 11,96 eletivos.A queda foi de 48,56%.

Na parte de internações, foram registrados 61,33 pacientes por dia em média (43,35% taxa de ocupação), sendo 59,88 urgência e emergência e 1,45 eletivo. A redução foi de 36,10%.

O administrador da Santa Casa de Jales,Rafael Carnaz Prado

“Em média, isso corresponde a uma redução de 25,52% ao mês no faturamento (referente março e abril), em comparação com janeiro e fevereiro de 2019”, disse o administrador do hospital, Rafael Carnaz Prado.

Segundo ele, a queda no movimento se deu por diversos fatores. Redução nas consultas particulares, que, muitas vezes, são concluídas com exames ou procedimentos complementares no hospital, redução na circulação de pessoas nas ruas, que reduz também a quantidade de acidentes de transito, e medo de contaminação, que tem feito com que as pessoas adiem ao máximo o comparecimento ao ambiente hospitalar.

“É um efeito cascata. A redução nos consultórios, no movimento nas ruas e nos acidentes. Os procedimentos eletivos (que são agendados) caíram a praticamente zero”.

A queda de arrecadação com promoções e eventos foi outro revés. Somente com o leilão, a Santa Casa esperava arrecadar R$ 100 mil, que deixaram de entrar nos cofres da instituição por conta do cancelamento do evento.



Ainda segundo Rafael, enquanto a arrecadação caía, o preço dos insumos disparava. “No pior momento quando faltava quase tudo, a caixa de máscaras com 50 unidades chegou a ser vendida a R$ 300, 00, enquanto o preço normal era R$ 3,50. Também tivemos aumento da Folha de Pagamento porque tivemos que contratar vários profissionais, como médicos e fisioterapeutas, e tivemos que cancelar férias”.

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