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Motoristas devem ficar atentos a sinais de incêndio em estradas nestas férias e durante o período de estiagem


O Governo de São Paulo alerta para os riscos de incêndios próximos às margens de

estradas e rodovias no período de estiagem. A vegetação seca, o vento e o uso

irregular das queimadas aumentam as chances de o fogo se alastrar rapidamente no

entorno das vias.

Desde o início de junho, o Governo de São Paulo reforçou os esforços para prevenção

de incêndios durante o período de estiagem com a implantação da operação SP Sem

Fogo. A ação envolve o apoio da Defesa Civil, Secretaria de Segurança Pública (SSP)

e Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

O superintendente do Centro de Controle de Informações (CCI) da Agência de

Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), Rudyard Paiva, alerta que o motorista

não deve enfrentar o fogo e precisa ficar atento aos avisos que estão nos Paineis de

Mensagem Variável (PMVs) espalhados nas estradas. As concessionárias de rodovias

paulistas também monitoram os focos de incêndio diretamente dos seus Centros de

Controle de Operação (CCOs) e, quando identificam ocorrências, acionam as equipes

da própria operadora e comunicam o Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária

Militar.



Cada concessionária possui um 0800. Pelo telefone, o motorista pode obter

orientações com os CCOs. “Outro detalhe importante: a cada quilômetro nas rodovias

tem o call box, que são aqueles telefones que ligam diretamente com a

concessionária. O condutor tem várias formas de fazer contato e receber orientações

em relação à sua viagem e ao seu trajeto”, explica Rudyard Paiva.

Para orientar o motorista, o Centro de Controle de Informações (CCI) da Artesp

também possui site próprio onde é possível consultar informações sobre as rodovias

em tempo real, sendo possível identificar onde há ocorrências de acidentes, incêndios

ou fumaça.

Saiba o que fazer se houver incêndio na estrada, de acordo com recomendações da

Artesp, Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e da Defesa Civil:

 O motorista deve reduzir a velocidade assim que avistar fumaça;

 Fechar vidros e posicionar o sistema de ventilação na posição recircular;

 Trafegar com farol baixo aceso;

 Manter uma distância maior do veículo da frente e evitar frear bruscamente;

 Ao entrar em via com cortina de fumaça, não parar o veículo na faixa de rolamento;

caso a fumaça esteja intensa, procurar local adequado e seguro distante do ponto de

incêndio;

 Ao se deparar com um incêndio florestal ou situação de queimada na rodovia, é

importante que o condutor avise imediatamente o Corpo de Bombeiros (193) ou a

Defesa Civil (199).

PRINCIPAIS CAUSAS

A ação humana está entre as principais causas dos incêndios: bitucas de cigarro

jogadas das janelas dos veículos; fogueiras não autorizadas para queima de lixo ou


fins agrícolas; utilização do fogo descontrolado para limpeza de terrenos e a soltura

de balões.

Levantamento da Artesp aponta que, entre janeiro e maio deste ano, foram

registrados 3.067 focos de incêndio em rodovias estaduais concedidas, alta de 150%

na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram 1.224

ocorrências. Entre as estradas estaduais sob jurisdição do Departamento de Estradas

de Rodagem (DER), o número foi de 451, variação de 176% em relação a 2023.

Como parte da Operação SP Sem Fogo, o DER investe, neste ano, R$ 59 milhões em

serviços de conservação e manutenção das margens das rodovias, com a poda e

limpeza das áreas das respectivas faixas de domínio. A limpeza é uma ação

preventiva fundamental para evitar incêndios de grandes proporções em áreas verdes

afetadas pela estiagem.

Além disso, o superintendente do DER, Sergio Codelo, destaca que foram contratadas

14 carretas (uma para cada regional do departamento) para realizar o primeiro

atendimento de combate aos incêndios nas rodovias, pelo período de estiagem, com

investimento de R$ 5,9 milhões.

”O nosso objetivo maior é salvar vidas. Por isso, trabalhamos para, até 2030, reduzir

pela metade o número de acidentes, investindo na manutenção e sinalização das

rodovias, mas também em metodologias e sistemas para mapear os pontos críticos

dos mais de 13 mil quilômetros da nossa malha viária”, afirma.

As 20 concessionárias que administram parte das rodovias da malha rodoviária

paulista também trabalham constantemente com campanhas de conscientização dos

motoristas e das pessoas que moram ou trabalham às margens das rodovias. Além

disso, a Artesp está se reunindo com a Polícia Ambiental e com o Corpo de

Bombeiros, buscando controlar e mitigar os efeitos dos incêndios em coberturas

vegetais próximos às rodovias.

Animais na estrada

Os incêndios próximos às rodovias também impactam a fauna silvestre. Com o fogo,

os animais buscam locais seguros e podem acabar transitando pelas rodovias. O

coordenador da fiscalização e biodiversidade da Semil, Rafael Frigério, recomenda

que, em caso de atropelamento ou de queimaduras de animais, o motorista entre em

contato nos canais de contato da rodovia para acionar os responsáveis que irão

resgatar esse animal.

Já nas rodovias onde é comum encontrar animais na pista, há uma sinalização

alertando os motoristas, pedindo para que respeitem a velocidade e sigam as

orientações se eventualmente visualizar um animal silvestre. Em algumas rodovias,

há também a passagem de fauna, que é uma espécie de um corredor que cruza a

rodovia e permite que os animais se desloquem em segurança.

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