DIG registra pelo menos quatro golpes bancários em um único dia
Através de áudio amplamente distribuído em grupos e aplicativos de mensagens, o
investigador da Polícia Civil de Jales, Devanir Jorge Caires, fez um alerta severo
sobre o aumento considerável dos casos de golpes aplicados por meio eletrônico,
mesmo veículo usado para distribuir o alerta. Somente em um dia, a Central de
Polícia Judiciária registrou quatro golpes do mesmo tipo. “Aconteceram vários
boletins de ocorrência de pessoas reclamando que tinham perdido o dinheiro de suas
contas bancárias, depois que clicaram num link fornecido por pessoas se passando
por funcionários dos bancos. Os clientes estão clicando nesses links e perdendo
dinheiro das contas”.

Conhecido como Ninja, Devanir é lotado na DIG (Delegacia de Investigações Gerais)
e explicou como funciona o golpe que segue o mesmo “modus operandi”. O
correntista, pessoa física ou jurídica, pública ou privada, recebe uma mensagem
informando sobre uma compra que acabara de ser feita em seu nome. Como o
correntista não reconhece a compra, o representante do banco envia um link, através
do qual ele deve pedir o cancelamento da compra. É através desse link que o
correntista fornece ao golpista, involuntariamente, acesso à sua conta bancária.
“Então, precisamos avisar que não se trata de banco nenhum [que está informando
sobre a compra]. São golpistas. Não entrem nessa conversa. Não clique em link
nenhum porque é tudo fralde. Esse golpe está vitimando várias pessoas e não se trata
apenas de pessoas físicas, mas também de instituições públicas, como escolas, e
infelizmente com valores altos”, disse.
Especialistas em segurança digital explicam que é possível acessar de forma remota
um celular ou outro dispositivo e obter os dados da vítima. Para isso, a vítima
precisaria clicar em um link ou mesmo um arquivo de foto comprometido com um
programa malicioso. A partir daí, sem a vítima saber, os criminosos podem clonar o
aparelho e acompanhar, por exemplo, a digitação de senhas bancárias.
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