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Câmara aprova subsídio para empresa de transporte público

  • Foto do escritor: Alexandre Ribeiro Carioca
    Alexandre Ribeiro Carioca
  • 12 de jul. de 2022
  • 3 min de leitura

Jauense terá que construir dez pontos com abrigos, substituir frota antiga por microônibus com ar condicionado e devolver terreno no Distrito 3

A Câmara, em Sessão Ordinária (4), aprovou o Projeto de Lei 152/2022, de autoria do Poder Executivo, que concede subsídio financeiro, no valor de R$ 69 mil à empresa concessionária responsável pelo transporte público coletivo no município.

De acordo com o projeto, a concessionária deverá instalar 10 pontos sinalizados de paradas de ônibus, construir 10 abrigos cobertos, disponibilizar veículos com ar condicionado e total acessibilidade para as pessoas com deficiência e desocupar um terreno localizado no Distrito Industrial III - “José Carlos Guisso”.

Toda a frota, predominantemente formada por ônibus antigos e em mal estado de conservação, deverá ser substituída por microônibus com ar condicionado

NO VERMELHO

Sem reajuste desde 2018, a Viação pediu ao Município a majoração do

subsídio financeiro, do atuais R$22.000,00 para R$ 69.251,48 mensais, a

partir de 1º de maio de 2022.

Segundo ofício protocolado pela empresa na prefeitura, o valor atual do

subsídio e da tarifa não cobre os custos operacionais, em face das

constantes altas dos preços nos componentes dos custos operacionais e a

implantação de mais uma linha de transporte coletivo. Sem subsídio,ainda

de acordo com a Jauense, a tarifa mínima para remunerar integralmente os

custos operacionais deveria ser de R$16,80, levando-se em conta a média

de passageiros transportados de 4.120 por mês.

O jornal A Tribuna teve acesso a uma pesquisa feita pela Secretaria

Municipal de Desenvolvimento Urbano, Infraestrutura e Mobilidade

Urbana sobe os valores da tarifa do transporte coletivo em algumas cidades da

região, são: R$4,75, em Birigui, a partir de 28/03/2022; R$4,10, em São

José do Rio Preto, a partir de 01/01/2022.

Em Fernandópolis, o valor da tarifa é de R$2,55, mas lá o subsídio pode

chegar a R$120.000,00, com pedido da empresa concessionária para

reajuste.

Planilha de Custos de maio de 2022 enviada à Prefeitura de Jales por

Camila Ferragini Verdini, sócia-administradora da Jauense, foi apurado o

déficit financeiro total de R$ 30.573,71. De acordo com esse relatório, a

empresa gasta R$ 8,34 por quilômetro, sendo R$ 2,97, ou 35,71%, somente

com combustíveis.

Mensalmente o serviço custa à empresa R$ 66.428,91, o que resulta num

custo de R$ 13,90 para transportar cada um dos 4.778 passageiros

mensalmente. Como o faturamento naquele mês foi de R$ R$ 13.856,20, a

empresa fechou o período com déficit de R$ 52.573,71.


Durante todo aquele mês de maio, a Jauense transportou 4.778 passageiros,

mas apenas 4.593 pagaram pelo serviço. O dia da semana com maior

número de passageiros costuma ser a terça-feira, quase sempre acima de

200 pessoas,e o dia com menos número é sempre o sábado quando menos de 90 pessoas usam o serviço.

O vereador Riva Rodrigues (PP) comentou a propositura: “Nós, vereadores, assinamos um ofício solicitando informações que nos são cobradas. Em conversa com o nosso procurador e com procurador do Executivo, o entendimento foi o seguinte, era para fazer constar na lei as solicitações que fizemos em nome dos munícipes, como o estado dos ônibus, a questão da acessibilidade, os pontos e as paradas de ônibus e a devolução de um terreno que a empresa recebeu como doação no mandato passado, não está usando e não cumpriu as regras do programa de desenvolvimento empresarial. Se a empresa não cumprir o que está na lei, a Prefeitura não paga o subsídio”.

A vereadora Carol Amador (MDB) explicou por que discordou do PL: “Acho um preço muito alto para ser pago para esperar acontecer. Eu garanto que, como foi feito lá atrás, o contrato falava que os ônibus deveriam ser novos e a população que faz uso desse serviço só tem a reclamar. Não tem banco para sentar, o ônibus está péssimo de mecânica. Por que não melhora para receber o subsídio de acordo? Vai triplicar o valor e quem garante que o serviço vai ser de excelência? Acho que já foi pago um preço alto até agora”.


 
 
 

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