Produção de Bruno e Marrone explica polêmica sobre atendimento de autista na Facip.
Em nota divulgada no Facebook, assessor que cuida do camarim da dupla afirma que ninguém agendou previamente visita de garoto deficiente e que horário não foi cumprido pela organização da festa.
Ainda assim,lembra que garoto foi,sim,atendido,e desmente notícia sensacionalista sobre o caso.
"Será que é preciso usar a deficiência de outra pessoa para se promover?", questiona o assessor.
Leia a ÍNTEGRA da Nota (ao pé da letra) e entenda.
É fácil apontar o dedo. Ao contrário do que diz o título da matéria, este menino foi sim atendido. Gostaria que as pessoas de bem postassem a foto dele com o Marrone já na saída do evento, após o show e que contassem a verdadeira historia desta noite. Pois bem, para quem não sabe, sou o produtor geral da dupla e respondo inclusive pelo controle no atendimento de camarim. Passo pulseiras de atendimento para que possamos, de forma organizada atender a imprensa, aos contratantes, prefeitos, sorteados e a quem mais o contratante queira por no camarim. Não somos nós que fizemos esta seleção, e mesmo assim abrimos o atendimento e damos prioridade para os cadeirantes e pessoas portadoras de outras deficiências. Nesta noite estávamos com o inicio do show programado para 23:30hr. Horário programado na nossa pré-produção e alinhado na parte da tarde com a produção do evento com a garantia dos mesmos e do responsável pela Cia Paulo Emílio de Rodeio, que o show não atrasaria. Não foi o que aconteceu! Programei a chegada da dupla para 22:30hr para com calma atender a todos os pulseirados. A dupla chegou junta ao local do evento pontualmente as 22:10hr. O início do atendimento foi protelado, pois haviam pulseirados que ainda não aviam chego ao local do evento. Assim que o produtor local (José Angelo) me deu o Ok, nós iniciamos o atendimento. Juntei a dupla no camarim do Marrone, pois eles realmente ficam em camarim seperados como a maioria das duplas. Ao final do atendimento, o Bruno retornou ao seu camarim para trocar de roupa, fazer o aquecimento de voz e botar o seu In ear (fone). Feito isso, ficamos aguardando o final do rodeio para darmos inicio ao show. A promessa de iniciarmos o show as 23:30hr como programado, não se cumpriu, assim como nunca se cumpre os horários quando estamos falando de um evento com rodeio. Ficamos esperando por 40min no camarim para que pudéssemos então dar inicio a apresentação. Uma enorme falta de respeito conosco e, principalmente, com o público que muitas vezes (ao contrário do que pensa o pessoal do rodeio) paga pra ver somente o show. Seguindo... Neste período em que a dupla já estava separada em seus camarins e aguardando para entrar no palco, fui abordado por duas mulheres me contando a história de um menino que era muito fã da dupla e era portador de autismo. Pedi para que elas o trouxesem ao final do show que eu iria TENTAR a foto, pois estávamos prontos para entrar no palco, e nós já tínhamos dois sorteados da radio Band FM para atender (eles também haviam chego atrasado para o atendimento). Trato feito, atendemos os dois sorteados da Band FM já na escada de acesso ao palco e iniciamos o show. Ao final do show, como sempre, a banda fica no palco finalizando a última música e a dupla segue para os veículos para que possam sair do evento com o máximo de urgência, já que não exigimos escolta. Neste evento de Jales/SP, o Bruno saiu do palco e foi direto para o carro pois já começava a se aglomerar algumas pessoas no entorno dos camarins (o Bruno não sabia sobre o atendimento a este menino) partindo para Votuporanga onde estavam hospedados. O Marrone por sua vez, desceu do palco e foi ao banheiro, neste momento consegui lhe contar sobre o menino. O Marrone prontamente o atendeu tirando foto e inclusive gravando vídeo. Agora eu me pergunto, será que é preciso usar a deficiência de outra pessoa para se promover? Quem será o deficiente da história? Quantas vezes eu já vi, e quem é produtor sabe, essas pessoas serem usadas para que um terceiro consiga acessar o camarim afim de tirar uma foto com o artista. Não existe cláusula em contrato que obrigue o artista a fazer atendimento de camarim, o artista faz em reconhecimento ao fã. Mas quem é realmente o verdadeiro fã? Acredito que o verdadeiro fã é aquele que compra o trabalho, compra a historia, vai aos shows, mas antes de tudo, entende que por trás de um artista existe uma pessoa e uma equipe que passa a maior parte do tempo longe da família, trabalhando para que o público tenha oportunidade de prestigiar o trabalho do seu ídolo. As pessoas não sabem o trajeto que percorremos até chegar naquele local. Se dormimos na noite anterior, se iremos dormir na noite seguinte. Não sabem que após aquele show, nosso tempo é curto para atravessar o país e levar entretenimento para milhares de outras pessoas que também estão na expectativa. Gostaríamos de atender todos, mas é HUMANAMENTE impossível. Precisamos dormir, comer, ver nossa família, isso em 1/3 no mês. Porque nos outros 2/3, estamos na estrada. E para encerrar este assunto, convido a todos que estão se achando no direito de falar sobre o assunto, sem saber dos fatos, à comparecer no nosso próximo show em Jales, dia 16/05. Show BENEFICENTE em prol do Hospital do Amor {Hospital do Câncer}. Show este, agendado a meses, em que o artista não recebe, o escritório não recebe, e toda a equipe que está lá longe de sua família, não recebe. Agora me pergunto, você que está apontando o dedo, já fez algo assim? Thiago Correa Produtor Geral - Bruno e Marrone