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Há dois anos, MC Andinho era preso por gravar funk com ofensas a policiais de Jales


Em fevereiro de 2015, o funkeiro Anderson Ferreira Adriano ficou famoso na região por fazer uma música com ofensa a 12 policiais civis e militares de de Jales. Em junho de 2016, ele foi condenado pela Justiça de Jales a cinco anos e seis meses de detenção, em regime inicial semiaberto e foi encaminhado para a Penitenciária de Riolândia. A música, repleta de xingamentos a policiais conhecidos foi divulgada pelo WhatsAp e chegou aos policiais que investigaram a autoria e prenderam o "MC Andinho".

Detido pela PM, o MC chegou a gravar um vídeo com pedido de desculpas a todos os policiais. Mesmo assim, a juíza do caso, Maria Paula Branquinho Pini, diz que o funk composto por Andinho gerou enorme repercussão social expondo familiares dos policiais. "Depois desta letra ofensiva, Anderson ainda produziu novo áudio em que voltou a atacar policiais", afirma a juíza.

São citados investigadores, delegados e agentes da Polícia Civil e soldados, sargentos e até um tenente da Polícia Militar.

Apesar da condenação, a gravação com a letra ofensiva continua disponível no You Tube.

Leia matéria da época da condenação AQUI

Um dos citados na letra do funkeiro, o delegado Sebastião Biazi acha justa a condenação do funkeiro. "O que ele fez foi desacato e xingamento contra todos os policiais. Fico feliz que ele tenha sido condenado. O MC danou", diz o delegado. Também xingado nas letras, o tenente Alex Tominaga acha que a condenação do MC foi exemplar

Daiana Silva Britto, advogada do MC Andinho, acha que a condenação foi injusta, porque ele teria apenas praticado a liberdade de expressão. "Está na Constituição Federal o direito de expressar suas ideias sem censura. Era apenas uma letra de funk, sem a intenção de agredir os policiais. Ele chegou a pedir desculpas a todos, mas eles não aceitaram" A advogada pretende entrar com recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo.


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