top of page

TEMPO COMUM - editorial do bispo emérito, Dom Demétrio Valentini


Nesta segunda-feira, retomamos o que a liturgia chama de “tempo comum”. Depois de tantas festas, na verdade, a gente acaba sentindo saudades da “segunda-feira”, onde a vida retoma o seu ritmo cotidiano.

Pois bem, retomamos agora a cadência da semana, como toda segunda-feira se incumbe de nos avisar.

Dom Demétrio Valentini

Mas, pensando bem, o tal de “tempo comum”, não é, certamente, “tempo perdido”, nem “tempo desvalorizado”, ou de segunda categoria. Ao contrário disto, o “tempo comum” é o precioso tempo da realização cotidiana de nossa vida, onde nos reencontramos, e onde podemos ir construindo nossa identidade e realizando nossos planos. É o abençoado tempo do trabalho, que nos traz não só o nosso sustento, mas nos permite a auto realização, e o desabrochar dos talentos que Deus nos concedeu, e que colocamos a serviço da construção deste mundo de Deus, e que Ele pensou como “mundo dos homens”.

Iniciado hoje, o “tempo comum” tem os seus ritmos, e a sua boa medida. Ele continuará até a quarta-feira de cinzas, no dia 01 de março, quando começa o tempo especial da quaresma. Será retomado após a celebração do mistério pascal, com os seus desdobramentos no pentecostes. Em seguida, prosseguirá até o início do advento, já no final do ano.

O “tempo comum”, é, portanto, o espaço bom, e generoso, para irmos colocando nossa vida, com sua dimensão de trabalho, mas também com sua conotação de festa, pela alegria de experimentarmos o sabor da vida, com todas as possibilidades que ela nos apresenta.

Que Deus abençoe estes dias que Ele nos concede. E que neles experimentemos a alegria de viver na sua graça.


bottom of page