Ex-deputado Edson Gomes não poderá tomar posse em Ilha Solteira
- Alexandre Ribeiro Carioca
- 22 de dez. de 2016
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O Tribunal Superior Eleitoral acatou pedido de tutela provisória apresentado pelo Ministério Público Eleitoral e suspendeu decisão que reformou acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo deferindo o registro da candidatura de Edson Gomes ao cargo de prefeito de Ilha Solteira. Com a decisão tomada pelo TSE de aceitar o pedido da Promotoria Eleitoral, Edson Gomes fica impedido de tomar posse em 1º de janeiro. O Tribunal levou em conta que o prefeito eleito do município paulista responde a três processos-crime pela prática de crime da Lei de Licitações, além de falsificação e associação criminosa. Além disso, Gomes teve prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário, sendo que sua defesa apresentou pedido de habeas corpus perante o Superior Tribunal de Justiça. O pedido, porém, foi liminarmente indeferido, o que coloca o prefeito eleito na condição de foragido.

O pedido de prisão preventiva foi apresentado pelo MP-SP porque, entre outubro de 2010 a agosto de 2011, a Prefeitura de Ilha Solteira, sob comando de Gomes, firmou 22 contratos com determinada empresa, sendo 20 com dispensa de licitação e dois por meio de convite. No período, o município repassou à firma cerca de R$ 463 mil. Para efeitos de comparação, a Promotoria de Justiça de Ilha Solteira destacou que a mesma empresa, em um ano, prestou serviços a outras prefeituras de pequenos municípios, totalizando um valor de pouco mais de R$ 22 mil. Poucos meses após o fim da gestão de Edson Gomes, foi solicitado o fechamento da empresa, o que foi negado devido à existência de irregularidades, reforçando o caráter da mesma como intermediária de contratações ilegais.
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