Bandidos explodem caixa eletrônico e, na fuga, fazem reféns em festa de casamento
Dez convidados que participam de uma festa de casamento em Palestina foram feitos reféns por uma quadrilha. Duas vítimas serviram de escudo em uma outra ação dos criminosos, desta vez durante um assalto a uma agência do Banco do Brasil, ao lado do local da festa.
Os criminosos explodiram um cofre e fugiram sem seguida. Durante a fuga, houve confronto com a Polícia Militar com intensa troca de tiros na centro da cidade.
Segundo informações da Polícia Militar, a quadrilha, com sete pessoas, estava dividida em dois carros, um Fiat Doblo e um Fiat Idea, ambos de cor preta. Eles estavam armados com espingardas, pistolas e metralhadoras. Assim que desceram do veículo, renderam dez pessoas que estavam em uma festa de casamento que aconteciam no restaurante Santa Fé.

O som da explosão acordou um comerciante de 56 anos que mora próximo do banco, que ficou assustado com os gritos dos reféns. Por medo, ele pediu para não ser identificado."As pessoas gritavam e choravam. Eu estava com a minha família aqui dentro de casa. Ficamos com medo. Como eu tinha o celular do capitão da PM, liguei para ele para avisar o que estava acontecendo", comenta o comerciante.
Quando chegavam de carro até o local do assalto, dois policiais foram recebidos a tiros, que foram disparados por integrantes da quadrilha. O cabo da PM Carlos Dias, que estava na viatura, diz que tiveram pouco tempo de reação. "Descemos da viatura e passamos a trocar tiro com os bandidos. Foi muito complicado, porque os assaltantes começaram usar os reféns como escudo humano. Mesmo assim, conseguimos atingir um dos assaltantes, que caiu e foi socorrido pelos comparsas", diz o policial.
Depois da troca de tiros, os bandidos fugiram da cidade sem levar dinheiro. No levantamento feito na agência, foi constatado o sumiço de dois coletes dos vigias do banco.
Durante a troca de tiros nenhum dos reféns ficou ferido, mas casas e até fachadas de lojas foram atingidas pelas balas. Peritos criminais foram chamados para verificar se a quadrilha deixou para trás algum explosivo não detonado.