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Quase um ano depois de proibido, tráfego de caminhões no “pontilhão” continua


Um ano depois de proibido pela Prefeitura de Jales, o tráfego de veículos pesados pelo viaduto Antônio Amaro, conhecido popularmente como “Pontilhão da Francisco Jalles”, continua. Uma moradora do Jardim Novo Mundo filmou várias caminhões e outros veículos pesados ignorando a proibição de tráfego para veículos acima de seis toneladas pelo local.

A proibição entrou em vigor em 1º de junho de 2015, ou seja, há quase um ano. Na ocasião, o secretário de Obras, Manoel de Aro disse que a interdição era preventiva, foimtomada com base em uma análise do IPT (Instituto Paulista de Tecnologia) e tinha como objetivo evitar que os problemas estruturais da construção, que tem mais de 50 anos e nunca foi reformada, se agravassem. Ela foi sugerida pelo Conselho Municipal de Trânsito e vale para todos os veículos com peso acima de seis toneladas. “Caminhões, ônibus e demais veículos pesados devem buscar rotas alternativas”, sugeria um comunicado distribuído pelo Comutran na época.

O desrespeito à proibição tem sido flagrada repetidas vezes por moradores da região do Jardim Novo Mundo. Caminhões de refrigerantes, basculantes e caminhões-baú foram filmados circulando livremente pelo viaduto. Tanto no sentido Centro-bairro como vice-versa.

Na opinião de uma moradora que chegou a abordar um motorista, os caminhoneiros perceberam que a proibição não está sustentada por qualquer fiscalização e simplesmente ignoram o risco.

“Eu fico admirada com a falta de respeito dos motoristas que não estão nem aí para o risco de isso aqui desabar. Mas sem fiscalização, eu reconheço que fica difícil obrigá-los. O brasileiro é assim mesmo”.

MULTAS

O secretário de Obras, Manoel Andreo de Aro, disse que a prefeitura firmou acordo com a Polícia Militar para fiscalizar e multar os motoristas que descumprirem a determinação e que as multas estão sendo aplicadas.

A proibição está sendo eficiente, segundo ele, na medida em que o tráfego foi reduzido, mesmo que não tenha sido totalmente extinto. “Estamos monitorando e não há risco imediato.A menos que houvesse um tráfego intenso de veículos muito pesados e por um tempo prolongado”.

Ele explicou que o peso máximo foi determinado por um grupo de especialistas formado por integrantes do CREA, Aerj, DER e engenhrios da prefeitura.

A obra de recuperação, no entanto, não tem previsão de ser executada. Somente o projeto técnico custaria entre R$ 80 mil e R$ 400 mil, dependendo dos reparos exigidos.


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